Confissões de um caddie: "Tiger Woods tratava-me como escravo"

Steve Williams, antigo "ajudante" do norte-americano, abriu o livro: queixa-se do mau temperamento do golfista e explica a rutura
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Steve Williams esteve sempre na sombra de Tiger Woods. Mas agora, quando o golfista norte-americano caiu do pedestal da modalidade, o seu ex-caddie neozelandês chama a si os holofotes mediáticos: não só continua a auxiliar atletas entre a elite do PGA Tour como decidiu contar alguns episódios dos quase 13 anos de trabalho ao lado do "tigre". "Às vezes ele tratava-me como um escravo", é o mais duro desabafo do caddie, no autobiografia que lançou ontem no país-natal.

Out of the Rough bem pode ser a história de um rapaz que se apaixonou pelo golfe aos seis anos, que percebeu na adolescência que estava fadado para transportar tacos e bolas ("aos 13 anos dei por mim a gostar mais de servir de caddie do que de jogar"), e que foi "ajudante" de lendários golfistas australianos como Peter Thomson, Greg Norman e Raymond Floyd. No entanto, para a maioria dos leitores - e para os media de todo o mundo - é, acima de tudo, a história do caddie que acompanhou Tiger Woods nos maiores sucessos da sua carreira (13 dos 14 majors que ganhou) e que depois assistiu, bem de perto, à queda em desgraça de um dos maiores golfistas de sempre.

Steve Williams trabalhou como caddie de Woods entre 1999 e 2011, até o estado-unidense o dispensar, por ter considerado uma traição que o neozelandês acompanhasse o australiano Adam Scott, enquanto esteve sem competir, nesse ano, devido a lesão. Ao lado do "tigre", o neozelandês sempre foi mais que o simples "carrega-tacos": funcionou (como todos os caddies) como um companheiro e motivador durante as provas, e ganhou fama (era admirado como uma estrela no país-natal e figurou em anúncios publicitários) e fortuna (recebia mais de um milhão de euros de salário anual). No entanto, Williams cansou-se de ser subserviente perante o "mau temperamento" de Woods.

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